sábado, 15 de setembro de 2012

Escritos de um sábado à noite.

Completamente inconstante. Completamente inquieto. Todo dia estava atrás de uma aventura nova. Dava tanto trabalho pra quem cuidava dele... Um dia olhava pra alguém e dizia: "É ele. Vá! Invista". No outro mudava completamente de ideia. Coisa complicada era tentar explicar para esse ser inquieto que a vida não podia ser guiada simplesmente pelo que achava que era certo ou errado. Pelo que pensava combinar ou destoar. O som que ele ouvia passava de uma harmonia perfeita para um tipo de música pré-produzida em um ensaio mal feito em um período curtíssimo de tempo. 
A paisagem mudava. Ele não era seu próprio dono. Havia alguém que o ensinava a ser domável, cuidadoso. As coisas que ele, o coração, carregava eram realmente importantíssimas. Eram elementos tão valiosos que se não fossem bem tratados poderiam destruir toda uma vida. Ele era uma bagagem de emoções, uma bagagem de sentimentos; e viver é sentir. A vida é sentir o que se deve sentir. É sentir quando o que se sente não deve ser sentido. Muito sentir para uma só frase, né? Mas reflita sobre isso e logo verá que, de fato, isso faz todo o sentido. 
Sentir. Sentido. Palavras tão parecidas e tão pouco apreciadas. Mergulhamos tão intensamente em coisas tão pouco entendidas. Tão pouco compreendidas. Talvez seja por isso que nos encontramos em crise profunda. Choramos por coisas que não valem uma lágrima se quer. Perdemos tempo dando vida a sensações que nos desgastam sem saber que seria bem melhor apenas dizer: "Olhe, não quero sentir-te. Não vou sentir-te. Você não pode dominar minhas ações. Não pode!" Magoamos tantas pessoas despejando nelas o que sentimos em um momento, mesmo sabendo que é só uma sensação. Uma sensação que nos cega, que nos faz desperceber que as marcas muitas vezes duram toda uma vida. 
Não sinta a curto prazo, prefira cultivar sentimentos que durarão uma vida inteira. Isso é viver para a eternidade. Isso é dar razão a vida. Isso é alimentar o coração com o alimento que ele precisa. É matar a fome dele por completo. 

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